Colocação inspirada, trecho de tópico retirado do Fórum Umbanda Livre.
Se perguntar a Exú o que tem de diferença, entre o filho a trabalhar e o sentado a assistência.
Pode ser que em caridade Ele lhe responda rindo, dizendo que na verdade só diferem um pouquinho.
Mas se estiver sem sorte e Exú tiver virado, vai ouvir sem cerimonia, que um é burro outro é cansado.
Talvez espere um pouco até a Gira girar, e pergunte a Pombogira o que veio perguntar.
Com certeza a gargalhada lá do fundo irá romper, e a moça que é faceira pode não lhe responder.
Insista em outro dia, espere semana que vem, vai ter Gira de Caboclo, pergunte o que lhe convêm.
O Caboclo é arredio, anda pra lá e pra cá, e quando ficar parado, corre e vá lhe perguntar.
Talvez lhe olhe de cima, do alto da altivez, e responda a essa menina como ninguém já o fez.
Lhe dirá sem solavanco, como uma flecha certeira, que os cavalos só diferem porque um está na cadeira.
Mas talvez isso não baste a resposta que procura, espere pelas crianças, elas transbordam candura.
Quem sabe, entre doces e balas, não respondem a você, e lhe aplacam essa vontade insistente do porquê.
Imagine o Joãozinho, te chamando de tia, enquanto lhe diz que os moços só diferem na alegria.
Mas você é curiosa não se dá por satisfeita, e espera os Pretos Velhos, eles vão vir na sexta.
Preto Velho arqueado, de voz rouca e bem baixinha, diz somente a seus ouvidos, a resposta pra menina.
Ele diz que quem trabaia de ropa branca em terrero, é irmão que tem missão de tira du toco outro obrero.
Te explica que o sentado no toco, ta infeliz e que cabe ao irmão de branco lhe apontar diretriz.
Mas você Fernanda Pontes, continua sem entender, e procura Zé Pelintra para vir lhe responder.
O Seu Zé é mandingueiro, joga jogos sem azar, sabe o que lhe aflige, antes de lhe perguntar.
Chapéu branco inclinado, fita encarnada o enfeita, te oferece a bebida, de um copo que cheira a cerveja.
Você fica encabulada, Seu Zé é galanteador, e depois de umas gingadas, de capoeira ou de samba, ele lhe fala na lata, que…
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Quem tá sentado levanta,
se quem tá de pé der a mão,
com fé em sua oração,
que clama a Deus seu amor,
louvando em retidão,
pedindo a seu esplendor,
que tenha piedade meu Deus,
e acabe com toda a dor,
daquele que deve ou que ama,
daquele que bebe ou reclama,
daquele que busca na Umbanda sentido pra rir ou viver,
que deixa de lado as besteiras que só o fazem sofrer.
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Autor: Jose Roberto, Bàbáláwò do Ilé Àsè Olóònòn, a Casa dos Senhores dos Caminhos, situada no município de Suzano – SP, filiado a Federação Umbandista do Grande ABC, membro da Sociedade de Ciências Antigas, fundador da Antiga Arte Brasil, membro do grupo Escrevayê e um dos moderadores do fórum Umbanda Livre.
🙂
Ótima Postagem…
Outrossim…:
Buscando a mim mesmo e afins; procuro saber sobre…:
Aproveito a oportunidade para, se alguém souber, solicitar a possibilidade de informações quanto a entidade => Pai Antônio e/ou Pai Antônio da Calunga…
Por favor “email me informem”…
Grato,
Jonsu ( vasq@ig.com.br ).
Perfeito demais!!! meus parabéns ao Site pelo ótimo conteúdo e ao Autor!
um dia precisei muito de ajuda espiritual procurei algumas casas de umbanda e nao me ajudaram nao me estenderam a mao , escutei coisas que nao procede nunca com a filosofia umbandista coisas tipo para aceitar a merda do jeito que estava e que nao iriam fazer nada . nao esqueço mais disso ,mais continuo gostando de umbanda .