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Exú

— Introdução

Exu é sem dúvida a mais mal entendida e interpretada Força da Umbanda. Ao contrário do que se pensa, os exus não são os diabos e espíritos malignos, imundos, espíritos endu-recidos ou obsessores que muitos pregam, infelizmente dentro e fora de nossa religião. Tanto que no sincretismo feito de início pelos escravos africanos para disfarçar seu Culto aos Orixás, Exu foi representado por Santo Antônio.

Essa imagem errada que se faz de Exu é fruto da ignorância (desinformação) do homem branco; não existindo no Candomblé africano, de onde a Umbanda herdou o culto aos Orixás.

O costume de ver demônios em tudo o que é lugar teve origem a milhares de anos na Mesopotâmia (Demonologia Mesopotâmica) influenciando diversos povos: Hebreus, Gregos, Romanos, Cristãos entre outros. Na Mesopotâmia os males da vida que não constituíssem catástrofes naturais eram atribuídos aos demônios. No mundo atual as pessoas continuam a fazer isso, muitas vezes como desculpa para seus próprios erros.

Ocorria que os escravos africanos em suas danças nas senzalas, nas quais os brancos achavam que eram a forma deles saudarem os Santos, incorporavam alguns Exus, com seu brado e seu jeito extrovertido, e acabavam assustavando os brancos que se afastavam ou agrediam os médiuns dizendo que eles estavam possuídos por demônios. Com o passar do tempo, os brancos tomaram conhecimento dos sacrifícios que os negros ofereciam a Exu, o que reafirmou sua hipótese de que essa forma de incorporação era devido a demônios. Somemos a isso o fato de, nos dias de hoje, alguns médiuns despreparados, talvez até pelo desejo de “aparecer” ou “intimidar”, literalmente se fantasiam para trabalhar com Exu, (também podem estar sendo usados e enganados por kiumbas) usando capas e cartolas que mais lembram o “Conde Drácula”, e entenderemos o porquê tanta gente têm esta idéia errada. Através desses motivos, históricos e atuais, é muito comum confundir Exus com espíritos de baixo nível vibratório.

— As Trevas

Espíritos trevosos ou obsessores são espíritos que se encontram desajustados perante à Lei. Provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na pratica do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardam, enfim, que a Lei os “recupere” da melhor maneira possível (voluntária ou involuntaria-mente).

São conhecidos, pelos umbandistas, kimbandistas, etc., como kiumbas ou quiumbas. Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas.

Este baixo astral é uma enorme “egrégora” formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos. O baixo astral, mesmo num imenso caos, tem diversas organizações, fortemente esquematizadas e hierarquizadas. Planos bem elaborados, mentes prodigiosas, táticas de guerrilhas, exércitos bem aparelhados e treinados, compõem o quadro destas organizações.

Muito delas, agem na plena certeza de cumprirem os desígnios da Lei Divina, onde confundem a Lei da Ação e Reação com o “olho por olho, dente por dente”. Vingam-se pensando que fazem a coisa certa.

Algumas agem no mal, mesmo sabendo que estão contra a Lei, mas enquanto a vingança não se consumar, não haverá trégua para os seus “inimigos”. Acham que não plantam o mal, nem que a Reação se voltará mais cedo ou mais tarde.

Cada mal praticado por um espirito, o leva a cada vez mais para “baixo”. As quedas são freqüentes e provocam mais e mais revoltas.

Alguns espíritos caem tanto que perdem a consciência humana, transformando-se (ou plasmando) os seus corpos astrais (perispíritos) em verdadeiras feras, animais, bestas e assim são usados por outros espíritos como tais. Alguns transformam-se em lobos, cães, cobras, lagartos, aves, etc. Outros espíritos chegam ao cúmulo da queda que perdem as características humanas, transformando os seus perispíritos em ovóides. Esta queda, provoca além da perda de energias, a perda da consciência. Ficam também subjugados por outros espíritos. Apesar de todo este quadro, pouco esperançoso, das trevas.

Mesmo sabendo que no nosso orbe o mal prevalece sobre o bem, há também o lado da Luz, da Lei, do Bem. E este lado é tão e mais organizado que as organizações das trevas.

Existem, também, diversas organizações, com variados trabalhos e ações, mas com um único objetivo de resgatar das trevas e do mal, os espíritos “caídos”.

Vemos colônias espirituais, hospitais no astral, postos avançados da Luz nos Umbrais, caravanas de tarefeiros, correntes de cura, socorristas, etc., afeitos e afinizados aos trabalhos dos centros espiritas.Vemos também, outros trabalhadores espirituais, ligados aos cultos afros, seja na Umbanda, Candomblé, Kimbanda, etc.

Especificamente, na Umbanda, vemos através das Sete Linhas, vários Orixás hierarquizados. Existem vários níveis na hierarquia dos Orixás. Começando pelos mais altos espíritos, que estão próximos do Criador, até os Orixás Menores ou Planetários (aqueles que são ligados e responsáveis por cada orbe, pela sua evolução).

Abaixo destes Orixás, estão os chefes de legiões e suas hierarquias, Estes espíritos “chefes” usam as três roupagens básicas : Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças.

— Apenas na linha de Yorimá ou Obaluaie manifestam os pretos-velhos.

— Na linha de Yori ou Ibeji as crianças.

— Nas demais linhas (Oxalá, Oxossi, Ogum, Xangô e Yemanjá) manifestam-se os Caboclos.

Outras entidades tais como : baianos, boiadeiros, marinheiros, sereias, iaras, etc., são espíritos que compõe as sub-linhas afeitas e subordinadas à sete linhas e aos chefes de legiões.

Alguns caboclos, crianças ou pretos-velhos, às vezes, usam algumas destas roupagens para determinados trabalhos ou missões.

— Os Exus

Os Exus são os “mensageiros” dos Orixás aqui na Terra. Através deles, os Orixás podem manifestarem-se nas trevas. Então, para cada chefe de falange, sub-chefe, etc., na Umbanda, temos um Exu correspondente.

Também executam a função de Guardiões da Luz para as Sombras, frenando as investidas de Almas insubmissas, enlouquecidas, revoltadas e temporariamente envoltas no mal. As “equipes” de Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela. Passam, a maior parte do tempo nela, mas, não fazem parte dela. Esta função não é exercida apenas nas camadas inferiores a Crosta mas também em nosso plano trabalham como nossos protetores. São os Exus que guardam o Terreiro de Umbanda, nossos lares, etc. contra essas almas desencarnadas e contra os espíritos encarnados inclusive, claro que, sempre de acordo com nosso merecimento.

Somam ainda a tarefa de Executores Kármicos, executando a Lei do Karma, sob ordens do Sr Ogum, segundo a vontade de Deus.

Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos e em sete graus tal qual as Sete Linhas de Umbanda. Existem desde Exus muito ligados aos Orixás Menores até Exus ligados aos trabalhos mais próximos às trevas.

1° Plano – Orixá Menor = Senhor da Luz

Neste Plano, estão os Exus Coroados: são aqueles que tem grande evolução. São os chefes das falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda. Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu Coroado como o seu guardião pessoal. São os guardiões chefes de terreiro.

7° Grau – Exus Chefe de Legião. Para cada Linha da Umbanda, temos Um Exu no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião.

6° Grau – Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião.

5° Grau – Exus Chefes de Sub-Falange. São Sete Exus Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu Chefe de Falange.

2° Plano – Guias = Refletores da Luz

Exus Cruzados ou Batizados: são subordinados dos Exus Coroados. São os exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas).

4° Grau – Exus Chefes de Grupamento.

3° Plano – Protetores = Executores da Luz

 

Exus Espadados – São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.

Exus Pagãos – São subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o bem e o mal. São conhecidos, também como “rabos-de-encruza”. Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem. Não são confiáveis, por isso. São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada. São ex-kiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus. O campo de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.

3° Grau – Protetor Superior (Companheiro)

2º Grau – Protetor Chefe (Obreiro).

1° Grau – Protetor Integrante (Guerreiro).

 

— Formas de atuação

A maneira dos Exus atuarem, às vezes nos chocam, pois achamos que eles devem ser caridosos, benevolentes, etc. Mas, como podemos tratar mentes transviadas no mal ? Os exus usam as ferramentas que sabem usar : a força, o medo, as magias, as capturas, etc. Os métodos podem parecer, para nós, um pouco sem “amor”, mas eles, sabem como agir quando necessitam que a Lei chegue nas trevas.

Eles ajudam aqueles que querem retornar à Luz, mas não auxiliam aqueles que querem “cair” nas trevas. Quando a Lei deve ser executada, Eles a executam da melhor maneira possível doa a quem doer.

Há um ditado muito providencial que diz :

“Cuidado com o que se pede a um Exu, pois poderá ser atendido.”

Ou seja, se um Exu se manifestar e pedirmos que ele faça o mal, ele poderá faze-lo, mas ou porque ele sabe que esse mal retornará a quem o pediu ou porque não tem noção do que está fazendo (um exu pagão).

Os exus, como executores da Lei e do Karma, esgotam os vícios humanos, de maneira intensiva. Às vezes, um veneno é combatido com o próprio veneno, da mesma maneira que a picada de uma cobra venenosa. Assim, muitos vícios e desvios, são combatidos com eles mesmos. Um exemplo, para ilustrar : Uma pessoa quando está desequilibrada no campo da fé, precisa de um tratamento de choque. Normalmente ela, após muitas quedas, recorre a uma religião e torna-se fanática, ou seja, ela esgota o seu desequilíbrio, com outro desequilíbrio : a falta de fé com o fanatismo. Parece um paradoxo ? Sim, parece, mas é extremamente necessário.

Outro exemplo é o vicio às drogas, onde é preciso de algo maior para esgotar este vicio : ou a prisão, a morte, uma doença, etc.

A Lei é sempre justa, às vezes somente um tratamento de choque remove um espirito do mal caminho. E são os exus que aplicam o antídoto para os diversos venenos.

— Os Exus, estão, ligados de maneira intensiva, com os assuntos terra-a-terra (dinheiro, disputas, sexo, etc.). Quando a Lei permite, Eles executam aos diversos pedidos materiais dos encarnados.

—Os Exus tem sob o domínio todas as energias livres, contidas em : sangue, cadáveres, esperma, etc. Por isso, seus campos de atuação também são : cemitérios, matadouros, prostíbulos, boates, necrotérios, etc. Eles lá estão, porque frenam (bloqueiam) as investidas dos kiumbas e espíritos endurecidos que se comprazem nos vícios e na matéria.

O kiumbas, seres astutos, conseguem se manifestar como um exu, num terreiro muito preso às magias negras e assuntos que nada trazem elevação espiritual. Ao se manifestarem, pedem inúmeras oferendas, trabalhos, despachos, em troca destes favores fúteis. Normalmente eles pedem muito sangue, bebidas alcóolicas e fumo. Chegam a enganar tanto (ou fascinar) que fazem as mulheres que procuram estes “terreiros”, pagarem as suas “contas” fazendo sexo com o médium “deles”. Ou seja, eles vampirizam o casal, quando o ato sexual se efetua.

Mas, e os verdadeiros Exus deixam?

É uma pergunta que comumente fazemos, quando estes disparates ocorrem. Os exus, permitem isso, para darem lição nestes falsos chefes de terreiros ou médiuns. Como disse, os métodos dos exus, para fazer com que a Lei se cumpra, são variados.

Muitas vezes, também, a obsessão é tão grande e profunda que os exus, não podem separar de uma só vez obsedado e obsessor, pois isso causaria a ambos um prejuízo enorme.

Outras vezes, os exus, deixam que isso aconteça, para criar “armadilhas” contra os kiumbas, que uma vez instalados nos terreiros, são facilmente capturados e assim, após um interrogatório, podem revelar segredos de suas organizações, que logo em seguida, são desmanteladas. Alguns terreiros, depois disso, são também desmantelados pelas ações dos exus, causando doenças que afastam os médiuns, as pessoas, etc.

“Ai daquele que provoca um escândalo, mas o escândalo é necessário”

A roupagem fluídica dos Exus, variam de acordo com o seu grau evolutivo, função, missão e localização. Normalmente, em campos de batalhas, eles usam o uniforme adequado. Seu aspecto tem sempre a função de intimidação e camuflagem. Suas emanações vibratórias são pesadas, perturbadoras. Suas irradiações magnéticas causam sensações mórbidas e de pavor. É claro que em determinados lugares, eles se apresentarão de maneira diversa. Em centros espiritas, podem aparecer com “guardas”. Em caravanas espirituais, como lanceiros. Já foi verificado que alguns se apresentam de maneira fina : com ternos, chapéus (Zé Pilintra), etc.

Eles tem grande capacidade de mudar a aparência, podem surgir como seres horrendos, animais grotescos, etc.

— No Astral

A atuação dos Exus, está praticamente em todas as camadas inferiores, com exceção das Terceira, Segunda e Primeira Camadas, onde eventualmente eles “descem” para missões especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois estão mais “ambientados” com as baixas e perniciosas vibrações. Não que os Exus não podem “descer” até lá, mas porque é desnecessário criar uma guerra com os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.

— As Pombas-Giras

O termo Pomba-Gira é corruptela do termo “Bombogira” que significa em Nagô, Exu.

Se Exu já é mal interpretado, confundindo-o com o Diabo, o mesmo ocorre com a Pomba-Gira. Dizem que Pomba-Gira é uma mulher da rua, uma prostituta. Que Pomba-Gira é mulher de Sete Exus ! As distorções e preconceitos são características dos seres humanos, quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os.

Pomba-Gira é um Exu Feminino, não são prostitutas. Na verdade, dos Sete Exus Chefes de Legião – do Sétimo Grau, apenas um Exu é feminino, ou seja, ocorreu uma inversão destes conceitos, dizendo que a Pomba-Gira é mulher de Sete Exus.

Dentro da hierarquia do Exu Feminino (Pomba-Gira), estão divididas em níveis diversas outras pombas-giras, da mesma forma que as demais falanges. É claro que em alguns casos, podem ocorrer que uma delas, em alguma encarnação tivesse sido uma prostituta, mas, isso não significa que as pombas-giras tenham sido todas prostitutas e que assim agem.

A função das pombas-giras, está relacionada à sensualidade. Elas frenam os desvios sexuais dos seres humanos, direcionam as energias sexuais para a construção e evitam as destruições.

A sensualidade desenfreada é um dos “sete pecados capitais” que destroem o homem : a volúpia. Este vicio é alimentado tanto pelos encarnados, quanto pelos desencarnados, criando um ciclo ininterrupto, caso as pombas-giras não atuassem neste campo emocional.

As pombas-giras são grande magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São, como qualquer exu, executoras da Lei e do Karma.

Cabe à elas esgotar os vícios ligados ao sexo. Quando um espirito é extremamente viciado ao sexo, elas, às vezes, dão a ele “overdoses” de sexo, para esgotá-lo de uma vez por todas.

Elas, ao se manifestarem, carregam em si, grande energia sensual, não significa que elas sejam desequilibradas, mas sim que elas recorrem a este expediente para “descarregar” o ambiente deste tipo de energia negativa.

São espíritos alegres e gostam de conversar sobre a vida. São astutas, pois conhecem a maioria das más intenções. Estendem os assuntos ou alguma situação, só para que chegue ao âmago do assunto.

A Legião das Guardiãs Pomba-Giras atuam:

• Nas descargas para neutralizar correntes de elementares/elementais vampirizantes, bem conhecidos como súcubus e íncubos, que atuam negativamente, por meio do sexo, fazendo de suas vitimas verdadeiros escravos das distorções sensuais.

• Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribunais do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis.

• Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio.

• Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos.

• Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir injustamente quem não merece.

• Trabalham no combate das viciações que escravizam os médiuns, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores.

• Fazem à proteção dos Templos onde habita a Espiritualidade Maior, principalmente onde se pautam pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

• Combatem a leviandade, promovendo a firmeza que trás o respeito através do poder da palavra. Tais atributos e a harmonia de seus efeitos combinados, trazem a serenidade mental, onde os Sagrados Orixás atuam, pois quem não sabe o que pensa, não sabe o que diz.

• Trabalham incansavelmente fazendo de um tudo para que seus médiuns possam galgar graus conscienciais luminosos perante a espiritualidade maior, equilibrando-os, auxiliando-os, mas jamais são coniventes com os desmandos de seus pupilos, corrigindo-os, às vezes, implacavelmente, para que possam enxergar seus erros e retomarem a senda da Luz.

• A Guardiã Pomba Gira, como entidade de trabalho, não são e nunca foram espíritos lascivos, tenebrosos, viciados, atrasados e maldosos, como muitos querem doutrinar.

• A Guardiã Pomba-Gira atuam no combate aos Kiumbas (na medida do possível ajudando-os a evoluir) e no combate das energias desvairadas e viciantes; nas cobranças e nos reajustamentos emotivos e passionais; nas cobranças da Lei Divina (carma); nas emoções e nas ações dos indivíduos.

• As Guardiãs Pomba-Gira conhecem profundamente os mais íntimos segredos dos seres humanos e que apesar dos absurdos em seus nomes, ainda assim, nos auxiliam a evoluir, esperando pacientemente à hora de nossa maturidade.

• A Guardiã Pomba-Gira são valorosas Guardiãs da Antiga Sabedoria, da Tradição da Umbanda. Não são vulgares. São guerreiras, heroínas, protetoras e grandes magas.

Lembre-se que nenhuma Guardiã Pomba Gira jamais atua negativamente na vida de qualquer ser, promovendo desuniões, feitiçarias, magias negras, fofocas, maledicências e toda sorte de coisas ruins. Infelizmente a maldade é um imperativo humano. Quando um ser humano, negativamente invoca o poder da Guardiã Pomba Gira, não é a entidade em si que vai atender ao seu pedido maléfico, mas sim, a força Pomba Gira, força magnética ígnea telúrica, que vai ser acionada e utilizada. Seria a mesma coisa que utilizarmos à força elétrica; podemos usá-la para o bem ou para o mal. A força é a mesma, mas não tem vontade própria.

Saudação: Mojubá / Laroiê
Ponto de Força: encruzilhada (cantos) ou conforme a linha do Orixá
Sincretismo: Santo Antônio
Data Comemorativa: 13 de Junho
Dia da Semana: Terça-feira
Cor de vela: Preta (Exú) / Vermelha e Branca (Bombogira)
Colar de contas: Preto (Exú) / Preto e vermelho (Bombogira)
Ervas: Mamona, Brinco de Princesa
Flores: Rosas Vermelhas (Bombogira)
Oferenda: Farofa de Miúdos (Exú) / Farofa doce (Bombogira)
Bebida: Cachaça (Exú) / Champagne Branca (Bombogira)

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