Texto integrante da apostila do Curso de Umbanda da Sociedade Espiritualista Mata Virgem. Descreve a característica dos Caboclos de Oxóssi de acordo com a linha em que trabalham. Pelo pouco que conheço e já pude observar é bem coerente.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
A “personalidade” de um caboclo se dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e irradiação que o rege. E é nessa “personalidade” que centramos nossos estudos. Assim como os Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral).
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.
Formas Incorporativas e Especialidade dos Caboclos
CABOCLOS DE OXUM
Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional.
CABOCLOS DE OGUM
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.
CABOCLOS DE YEMANJÁ
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.
CABOCLOS DE XANGÔ
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.
CABOCLOS DE NANÃ
Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.
CABOCLOS DE IANSÃ
São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.
CABOCLOS DE OXALÁ
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São “compactados” para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos.
CABOCLOS DE OXOSSI
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.
CABOCLOS DE OBALUAÊ
São espíritos dos antigos “pajés” das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho, em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.
Em uma consagração de Ayahuasca universalista, foi me revelado que Obaluaye era meu orixá principal, que me explicou a origem do cosmos, do plano material, a dar valor na Terra e na vida.
Em uma outra consagração em um trabalho de cura, acabei irradiando uma outra entidade, que se identificou como “Índio” dizendo: “Não precisa tanta deferência, eu sou apenas um índio”.
Senti um forte cheiro de pipoca no meu nariz e me locomovia com dificuldade, meio me arrastando feito um velho.
As pessoas que ali estavam acharam que era um Preto Velho, mas eu lendo textos concluí que devia ser um Caboclo de Obaluaye.
Desde então não “conversei” ou tive contato mais com ele, como faço para descobrir seu nome na Umbanda e seu ponto riscado?
Abraços!
Concluí que era um Caboclo de Obaluaye, quem estava lá disse q
Olá Marcos, Salve suas Forças
Quem desenha o ponto e diz o nome é a própria entidade.