Outro excelente texto de Adenáuer Novaes, do livro Psicologia e Mediunidade (clique no título para baixá-lo), contendo conselhos valiosos para o dia a dia.
No trabalho
Use sua mediunidade para sintonizar com as forças superiores da vida a fim de que Espíritos operosos possam lhe inspirar e a criatividade faça parte de suas atividades.
Considere que você não está sozinho no exercício de suas atividades profissionais, pois os espíritos costumam acompanhar a sociedade dos encarnados da qual fizeram e, indiretamente, fazem parte. Mesmo à distância eles transmitem suas idéias para que elas possam contribuir com nosso progresso e para o desenvolvimento da sociedade.
A mediunidade é uma faculdade natural e deve ser utilizada para o equilíbrio psíquico do ser humano. Ela é um instrumento como outro qualquer e seu uso deve ser responsável. O não uso atrasa a evolução do ser humano, pois desequilibra sua estrutura psíquica e prejudica suas percepções a respeito da vida espiritual em sua volta.
Evite as manifestações ostensivas de desencarnados que estejam em seu campo mediúnico em locais de trabalho, pois isso pode provocar constrangimentos desnecessários e preconceitos típicos de quem não entende as questões que dizem respeito ao espiritual. Tais manifestações não só são inadequadas ao local como podem concorrer para demissões pertinentes. O local de trabalho é ambiente sagrado no qual se ganha o pão e se consolidam
os valores do espírito. Não deve prestar-se ao socorro a desencarnados ou a manifestações da mediunidade ostensiva. A mediunidade ali exercida é aquela que atinge as vias da intuição segura e da criatividade operosa.
Aquele que se encontrar em condições de atender alguém que lhe pede ajuda espiritual emergencial no ambiente de trabalho, deve fazê-lo em horários adequados e em ambiente privado, evitando que isso venha a se tornar rotina.
No lar
O lar é o ambiente onde mais se encontram espíritos desencarnados vinculados à matéria. Volta e meia eles retornam ao ambiente onde se encontram seus afetos e desafetos. Ali se envolvem com a vida de um e de outro buscando seus interesses e atendendo a outros que lhes são solicitados. Impossível separar encarnados e desencarnados.
Através da mediunidade sadia pode-se e deve-se buscar, por conta da inspiração, o contato amistoso com aqueles espíritos que conosco convivem na intimidade do lar. As manifestações espontâneas (pela vidência, psicofonia, psicografia, etc.) são bem vindas.
O exercício da mediunidade no lar, no intuito de educar ou chamar a atenção dos encarnados, merece reflexão por parte de quem o permite. A responsabilidade pela condução do lar e as soluções dos conflitos que ali surgem pertencem àqueles que receberam a tarefa de assumi-los. Nada deve substituir o diálogo franco e direto com aqueles que fazem parte do convívio diário. Os espíritos não devem ser tomados à conta de substitutos das obrigações dos responsáveis pela educação no lar. No lar, não são os espíritos, por melhores e mais elevados que sejam, que devem decidir a pertinência ou o momento de se comunicarem mediunicamente, mas o responsável pelo lar, pois sempre deve caber a ele o domínio do que ali ocorre.
A eventualidade de uma comunicação mediúnica no lar deve ser sempre tomada à conta de excepcionalidade, pois o lar não deve se transformar num Centro Espírita no qual se abre a participação pública. Os espíritos podem ser convidados a dar orientações no lar, mas sempre como colaboradores.
Nas grandes decisões da vida
Nos momentos decisivos da vida costumamos, por impulso, atender aos instintos, os quais muitas vezes nos levam a atitudes das quais nos arrependemos adiante. Tais atitudes, tomadas ao calor das emoções, podem nos trazer atrasos evolutivos e distanciamento dos objetivos da nossa reencarnação. É no momento de grandes decisões que temos que fazer escolhas significativas que nortearão o futuro. A mediunidade será fundamental nesses momentos a fim de facilitar a intuição e a conexão com as forças superiores da vida. A oração emocionalmente sentida, aliada à mediunidade madura nos auxiliarão na tomada de decisões em benefício de um futuro sem carmas negativos. Fundamental não se deixar levar pelo impulso emotivo, associado à raiva, nas decisões, pois, nesses momentos, por conta da faculdade mediúnica, a psiquê se torna mais sensível às influências espirituais negativas. É importante que essa sensibilidade seja promovida por um estado emocional de harmonia, o que atrairá as boas influências espirituais.
Nas férias
Durante o período no qual se esteja de férias, com a família ou só, deve-se evitar o exercício da mediunidade (institucional, caritativa, etc), a fim de se poder doar à família ou ao lazer o
tempo necessário ao refazimento das próprias energias. A psiquê humana necessita desse tempo e espaço também para conexões que evoquem situações de contentamento e prazer. Tais situações se encontram arquivadas no inconsciente e ocorreram na infância, em outros períodos de lazer, bem como em vidas passadas.
A vida não é só feita de sofrimento, lamentações, dor, estudo e compromissos profissionais. A Terra não é uma colônia de férias, mas também não é uma prisão. É um espaço no qual se
vive um estágio de boas experiências para o espírito, revestidas de conhecimentos e emoções.
Alguns espíritos acompanham seus amigos e parentes quando estes se encontram em férias, não só para lhes desfrutar os momentos de alegria e satisfação, como também com o intuito de protegê-los para que efetivamente se distraiam.
Perante os incrédulos
Diante de pessoas que não acreditam ou não compreendem a realidade espiritual é conveniente não colocar a própria mediunidade como instrumento de persuasão. O desejo de fazê-lo poderá interferir na produção do autêntico fenômeno, dando lugar às interferências das predisposições inconscientes. Tais predisposições favorecem o animismo, o qual acabará por provocar efeito contrário ao que se pretende.
Acreditando ou não, o incrédulo possui a mediunidade e isso, com o tempo e boas leituras, o fará entrar em contato com o espiritual, malgrado sua vontade. Caso queira ajudá-lo, chame
sua atenção para o que se processa com ele nos domínios de sua mente, no que diz respeito à intuição. Nem sempre o uso da lógica ou a apresentação de exemplos com terceiros são suficientes.
Utilize esses argumentos quando houver interesse do indivíduo em conhecer efetivamente sobre mediunidade.
A psiquê de quem se coloca na posição contumaz de incredulidade bloqueia-se para a flexibilidade de compreender a própria vida e para o aprimoramento espiritual. O desenvolvimento da mediunidade então sofre idêntico bloqueio.
Quando a incredulidade bater em sua consciência, evocando respectivas experiências do passado que lhe afastaram do contato salutar com o espiritual, lembre-se de sua íntima ligação com Deus, pois isso lhe levará ao encontro com o Self. Somos espíritos imortais e esse fato não se assenta sobre a crença do ser humano, mas sim sobre as leis da Natureza.
3.5