Essa vibração cristaliza a experiência em forma de evolução, são os Senhores das Experiências. Orientam, encarnados e desencarnados, no caminho da fé e da evolução, alcançadas através da humildade e sabedoria. Suas mensagens sempre são nos momentos mais oportunos, de forma transparente e que não traumatize os filhos de fé. Não violentam consciências; adaptam seus ensinamentos aos mais diversos níveis de entendimento, sempre de forma paciente e tolerante. São exemplos de humildade, paciência e tolerância, pois alcançaram patamares espirituais de elevadíssimo escol mas dirigem-se aos simples, humildes e desgarrados, fazendo-o com o amor só alcançado por quem já renunciou ao ilusório e a si mesmo. Trabalham com muita eficiência na linha da cura das mais diversas mazelas que nos atingem, sejam kármicas ou provocadas por nós mesmos. Na verdade, todas as frentes de trabalho são campo para suas atividades.
Em se tratando de magia, são Mestres, desfazendo os efeitos dos popularmente chamados “trabalhos de magia negra”, e por isso são chamados de Mandingueiros de Luz. É nessa linha que trabalham nos terreiros de Umbanda os Pretos Velhos.
Dão suas consultas, que são profundas e esclarecedoras, como também dão mensagens de caráter geral, visando incrementar a Fé e a Humildade no coração e na ação de seus filhos de Fé. Gostam também de atuar em outras modalidades mediúnicas, muito principalmente através da vidência ou da sensibilidade psico-astral. São em verdade profundos conhecedores da mente e do comportamento humano, como também de suas mazelas. Utilizam muito as rezas e os benzimentos (energização) além de darem medicamentos, principalmente da flora, para combater os males físicos e astrais de seus filhos de fé.
Ao pitarem seus cachimbos, veiculam com a fumaça portentosas vibrações que limpam a Aura, desagregando até certas larvas condensadas (pelo pensamento cristalizado) que poderiam trazer sérios prejuízos à constituição astrofísica do indivíduo. Quando um Preto Velho ou mesmo um Caboclo manipula magicamente a fumaça, sabe como fazê-lo, utilizando elementos nocivos para destruir bactérias, vírus e outros microorganismos até de ordem astral que se encontram no ambiente, neutralizando completamente os efeitos deletérios da fumaça nos filhos de fé.
São os Senhores da Magia, profundos conhecedores da Alquimia Astral, a qual manipulam com destreza e sabedoria. Asim atuam esses Pais Velhos, grandes Magos da Sagrada Corrente Astral de Umbanda.
OMULÚ
São os dois extremos, Encarne (vida física; Terra à Corpo) e Desencarne (morte física; Corpo à Terra) que Deus colocou sob a supervisão de OMULÚ, O Orixá da Transformação.
O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulú, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.
Os comandados de Omulú, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias dos corpos físicos em vias de falecerem ou falecidos.
OBALUAÊ
Orixá das doenças, especialmente das epidemias e da cura. Sua energia pode se manifestar na tendência autopunitiva que carregamos, que pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (estigmas, isto é, a transformação de traumas emocionais, cobranças inconscientes em doenças físicas reais).
Também trabalha na cura, tendo sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.
No Candomblé
Obaluaê ou Omulu (os nomes se referem a fases místicas, onde o mesmo Orixá seria mais jovem ou mais velho), é a energia que rege as pestes como a varíola, sarampo, catapora e outras doenças de pele. Ele representa o ponto de contato do homem (físico) com o mundo (a terra). A interface pele/ar. A aparência das coisas estranhas e a relação com elas. Ele também rege as doenças transmissíveis em geral. No aspecto positivo, ele rege a cura, através da morte e do renascimento.
Diz o mito que Obaluaê é filho de Nanã (a lama primordial de que foram feitas as cabeças – oris- humanas) e Oxalá, tendo nascido cheio de feridas e marcas pelo corpo como sinal do erro cometido por ambos, já que Nana seduziu Oxalá mesmo sabendo que lhe era interditado por ser ele o marido de Iemanjá.
Ao ver o filho feio e mal formado, coberto de varíola, Nanã o abandonou à beira do mar, para que a marécheia o levasse. Iemanjá o encontrou quase morto e muito mordido pelos peixes, e tendo ficado com muita pena, cuidou dele até que ficasse curado. No entanto Obaluayê ficou marcado por cicatrizes em todo o corpo, e eram tão feias que o obrigavam a cobrir-se inteiramente com palhas.
Não se via de Obaluayê senão suas pernas e braços, onde não fora tão atingido. Aprendeu com Iemanjá e Oxalá como curar estas graves doenças. Assim cresceu Obaluaê, sempre coberto por palhas, escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre sério e até mal-humorado.
Chegando à sua terra, encontrou uma imensa festa dos orixás. Como não se sentia bem entrando numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas frestas da casa. Neste momento Iansã, a deusa dos ventos, o viu nesta situação e, com seus ventos levantou as palhas, deixando que todos vissem um belo homem, já sem nenhuma marca, forte, cheio de energia e virilidade e dançou com ele pela noite adentro. A partir deste dia, Obaluaê e Iansã-Balé se uniram contra o poder da morte, das doenças e dos espíritos dos mortos, evitando desgraças aconteçam aos homens.
Os iorubás acreditam que este mito nos mostra que o mal existe, que ele pode ser curado, mas principalmente que é preciso ter consciência do momento em que ele terminou, sabendo recomeçar após um violento sofrimento. Obaluaê rege também a força da terra (herdado de sua filiação a Nanã). A umidade dela (por suas adoção por Iemanjá) e as doenças das plantações.
Características dos filhos de YORIMÁ (OBALUAÊ)
Os filhos de Obaluaê são pessoas incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.
Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.
Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.
Assim como Ossâim, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade ara si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.
Um último, mas importante detalhe; em diversas de suas lendas, o Orixá da varíola é apresentado como uma divindade que perdeu uma perna. Isso se refletiria em seus filhos como um defeito congênito em uma das pernas ou a tendência a sofrer, durante sua vida, por um problema de relativa gravidade em seus membros inferiores, a partir de quedas ou desastres que podem ou não ser curados e ultrapassados.
Saudação: | Adorei as Almas |
Ponto de Força: | Cemitérios (Omulú) / Todos os lugares (Pretos Velhos) |
Sincretismo: | São Benedito (Pretos Velhos), São Roque (Obaluaê), São Lázaro (Omulú) |
Data Comemorativa: | 13 de Maio (Pretos Velhos),16 de Agosto (Obaluayê).17 de Dezembro (Omulú) |
Dia da Semana: | Segunda-feira |
Cor de vela: | Preta e Branca |
Colar de contas: | Preto e branco |
Ervas: | Guiné, Arruda |
Flores: | Flores brancas: crisântemo / margarida |
Oferenda: | Arroz Doce / Bolo de fubá / Pipoca (Obaluayê) |
Bebida: | Vinho tinto / Café sem açúcar / Água de Arroz (Obaluayê) |
Ponto de Obaluê:
É obaluê, é obaluê, é atotô
É obaluê, é obaluê, é atotô
Se você está sofrendo, no leito frio com dor
Com pipoca e dendê muita gente ele curou
Se o seu corpo está ferido e não pode suportar
Peça proteção a ele, que ele vai lhe ajudar. Obaluê….
É obaluê, é obaluê, é atotô
É obaluê, é obaluê, é atotô
Tendo o segredo da vida, do começo e do fim
Ó meu senhor das palhas, tenha muita dó de mim
Na procissão das almas que partem pro infinito
Ele vai mostrando à elas, outro mundo mais bonito. Obaluê,……
É obaluê, é obaluê, é atotô
É obaluê, é obaluê, é atotô
TENHO MUITAS DUVIDAS SOBRE MEUS GUIAS GOSTARIA MUITO DETIRALAS
Seja bem vindo.
Prossiga. Se eu puder ajudar será um prazer.
Fique na Paz.
No centro de umbanda em que ocasionalmente frequento, dizem que sou filho de Yorimá. O que isso significa, que sou filho de Omulu?
Olá Matheus, Salve sua Força.
No final das contas é apenas uma questão de nomeclatura. Em casas que seguem a linha da Umbanda Esotérica (W.W. da Matta e Silva) ou a Umbanda de Síntese (Rivas Neto) o termo usado é Yorimá.
Nas demais casas, Obaluaê / Omulú.
Ambas remetem à mesma energia, terra; que ainda inclui a linha dos Pretos Velhos.
Fique na Paz de nosso Pai Oxalá.
Ola. Na minha casa também é cutuado Yorimá. Já tinha pesquisado sobre esse Orxiá e o seu artigo é mais completo, gratidão. Mas olha, já tive um sonho com Omulu (sem saber de nada disso), estava com menos de uma semana na Umbanda. Nunca senti nenhuma vibração dele perto de mim. Ao contrário, sinto muito de Oxossi, Ogum, Oxum e Xangô. Pode isso ser possível? Obrigada
Olá Marina, Salve suas Forças
Quanto ao sonho é difícil dizer assim. O que posso adiantar é que em sonhos (normalmente não lúcidos) nossa mente nos prega muitas peças fazendo associações de acordo com nosso nível de consciência. Mas também pode ser sim.
Uma consulta (pessoalmente) com uma Entidade pode esclarecer isso.
Fique na Paz de nosso Pai Oxalá
oi boa noite no centro em que eu frequentro me falaro que eu sou de omulú eu minha data de nacimento e dia 30/07/1973 sera que vc ponte me ajudar qual e o meu orixa de cabença qual e o meu de frente e o de costa se vc ponde me ajudar fico agradecida muito obrigado.
Salve suas Forças Keyla
Para saber seu Orixá pela data de nascimento você precisa procurar uma tenda de Umbanda Esotérica.
Embora respeitemos muito, nós não seguimos esses dogmas.
Você pode ver mais clicando aqui.
Fique na Paz de nosso Pai Oxalá
Saudações.
O dia de yorima não seria sábado ?
Olá Daniel, Salve suas Forças
Embora o autor Rivas Neto defina o dia da semana como sábado, dia de Saturno (saturday) que é o planeta regente desta vibração, consideramos que não dá pra “fugir” da segunda-feira de Obaluaê
Fique na Paz de nosso Pai Oxalá
2.5