A partir de 1913 passou a atuar, através de mediunidade Zélio de Moraes, uma entidade de Ogum que se identificava como Orixá Malé. Essa entidade portentosa, emissário da Luz para as sombras, atuava mais no terra-a-terra e trouxe consigo do espaço dois auxiliares, que haviam sido malaios na última encarnação.
Dispunha essa entidade, dentre os elementos do Caboclo das Sete Encruzilhadas, de todas as falanges de Demanda, de cinco falanges selecionadas do Povo da Costa, semelhante às tropas de choque dos exércitos de Terra, além de arqueiros de Oxossi, inclusive núcleos da falange de Ubirajara. Esse Caboclo que havia sido um príncipe numa ilha orientalem sua última encarnação, manipulava com maestria as energias sutis da natureza, exigindo para determinados trabalhos, a calma dos campos, a altura das montanhas, o retiro das florestas ou as ondas do mar.
Leal de Souza que conviveu vários anos com essa entidade, nos relata dois casos presenciados por ele:
Na primeira vez que o vi, a sua grande bondade, para estimular minha humilde boa vontade, produziu uma daquelas esplendidas demonstrações. Estávamos cerca de vinte pessoas numa sala completamente fechada. Ele, sob a curiosidade fiscalizadora de nossos olhos traçou alguns pontos no chão, passou, em seguida, a mão sobre eles como se apanhasse algumas coisas; alçou a sinistra, e abrindo-a, largou no ar três lindas borboletas amarelas, e espalmando a destra na minha, passou-me a terceira.
— “Hoje, quando chegares a casa, e, amanhã, no trabalho, serás recebido por uma dessas borboletas.”
E, realmente, tarde da noite, quando regressei ao lar e acendi a luz, uma borboleta pousou no meu ombro, e na manhã seguinte, ao chegar ao trabalho, surpreenderam-se todos os meus companheiros, vendo que outra borboleta, também amarela, como se descesse do teto, pousava-me na cabeça. Tive ocasião de assistir a outra de suas demonstrações, fora desta capital, à margem do Rio Macacu. Leváramos dois pombos brancos, que eu tinha certeza de não serem amestrados, porque foram adquiridos por mim. Colocou-os o Orixá Malé, como se os prendesse sobre um ponto traçado na areia, onde eles quedaram quietos, e começou a operar com fluidos elétricos para fazer chover. Em meio a tarefa disse:
— “Os pombos não resistem a esse trabalho. Vamos passá-los para a outra margem do rio.”
Pegou-os, encostou-os à fronte do médium e alçando-os depois, soltou-os. Os dois pássaros, num vôo alvacento, transpuseram a caudal, e fecharam as asas na mesma árvore ficando, lado a lado, no mesmo galho.
Passada a chuva que provocara, disse:
— “Vamos buscar os pombos.”
Chegamos à orla. O Orixá Malé, com as mãos levantadas, bateu palmas e os dois pombos recruzando as águas, voltaram ao ponto traçado na areia.
Assim, como essa Entidade de Ogum, muitas outras contribuíram para a expansão do Movimento Umbandista, apenas não foram feitos os registros tal qual fez Leal de Souza. A todas essas Entidades que trabalharam e trabalham diariamente na luta da luz contra as sombras e no constante esclarecimento às massas humanas que procuram as choupanas de Umbanda, em busca de alívio, queremos deixar nosso humilde SARAVÁ!
fonte: Umbanda e sua História (cap. XVII) – Diamantino Fernandes Trindade
Meu pai foi curado por PAI ANTONIO quando dragava o rio paraiba do sul, aonde teve o rastro virado, no qual ficou cego e sem andar, porem, este maravilhoso GUIA DE LUZ, em duas semanas o colocou de pe e enchergando, meu pai ja se foi, mais, eu nunca esqueci esta passagem que ele me contou, naquela epoca PAI ANTONIO fez milagres no norte fluminense.E esse mesmo guia,anos mais tarde foi o dirigente espiritual no terreiro aonde me desenvolvi e hoje cumpro missao com PAI JOAQUIM.
Adorei as Almas! Salve a corrente dos Pretos Velhos.